6 tendências para o Pós-Venda Automóvel em 2022
A exemplo do que observámos para o período homólogo, o ano de 2021 seguiu a mesma tendência desafiante para a indústria automóvel, provocada pelo efeito directo da pandemia na quebra de produção e vendas de novos modelos, à qual veio a juntar-se já neste período a falta de componentes específicos (semicondutores) como impacto colateral, cujo contexto irá continuar a condicionar de forma muito significativa toda a actividade económica da indústria para lá de 2022.
Ainda assim, as encomendas de veículos electrificados registaram, mesmo em circunstâncias restrictivas, números expressivos de vendas face a anteriores exercícios, o que vem corroborar a sua própria tendência de crescimento, apoiada substancialmente por medidas estruturais da UE.
O sector aftermarket em particular demonstrou também em 2021 um comportamento distinto face ao negócio de veículos novos, já que manteve a sua actividade suportada maioritariamente nas viaturas usadas, cujas vendas vieram a beneficiar de uma procura expressiva na parte final do ano em resposta à crise dos semicondutores, motivada pela ausência de carros novos para entrega.
Tal como já tinha sido referido há um ano atrás em semelhante análise, a importância de conhecermos muito bem os factores que afectam o negócio em períodos de grandes mudanças tornou-se ainda mais relevante para os próximos anos.
6 tendências para o Pós-Venda Automóvel em 2022, na visão da Tips4y
Mediante a evolução que se assistiu ao longo de 2021, existem algumas tendências que poderão vir a acentuar-se ao longo do próximo ano face à sua propagação no tempo em termos estruturais.
1. Digitalização do sector Pós-Venda
Este movimento irá cada vez mais acentuar-se num sector tradicionalmente envelhecido em práticas de inovação. Prevê-se o crescimento de novas plataformas comerciais em ambiente digital, sejam no modelo marketplace; em novas lojas online para venda de peças ou ainda na massificação do conceito de “concessionário digital” ou “oficina digital” para experiências na comercialização de novos modelos ou nos serviços de manutenção. O uso de plataformas end-to-end será cada vez mais valorizada.
2. Electrificação
A vaga de modelos electrificados irá continuar o seu caminho de chegada ao sector Pós-Venda, quer seja na abertura de concessionários especializados em viaturas usadas electrificadas, quer na sua entrada cada vez mais frequente nas oficinas independentes, para manutenção ou reparação.
3. Aumento na Venda de Usados
O contexto de restrição das cadeias de abastecimento de semicondutores vai continuar a condicionar a produção de novos modelos e, em consequência, a procura alternativa por veículos usados, sobretudo os chamados “semi-novos”, influenciando desta forma o comportamento dos preços neste mercado. O aproveitamento de campanhas agressivas para escolha de um segundo carro ou para troca irão marcar este período, que poderá ser aproveitado em regime cross selling para englobar serviços de manutenção oficinal.
4. Requalificação Profissional de Competências
O nível de complexidade e sofisticação dos veículos electrificados, bem como toda a evolução natural da própria indústria tecnológica centrada na electrónica automóvel, sobretudo no seu peso crescente em cada viatura produzida, vai exigir cada vez mais uma requalificação de competências técnicas ao nível da manutenção e uma gestão oficinal com ferramentas tecnológicas adequadas.
5. Transição do Modelo de Negócio Oficinal
Como forma de diferenciação perante o seu ambiente competitivo, as oficinas irão começar a ponderar a implementação de novos modelos de negócio baseados na subscrição de serviços de valor acrescentado e outros mecanismos de relação, alterando paradigmas do passado, como a alteração do conceito “oficina de reparação” para “centros de serviços de mobilidade”, deslocando o foco tradicional no automóvel para a conveniência do cliente e as suas necessidades integradas de mobilidade.
6. Novos movimentos de concentração
O sector irá continuar a assistir a movimentos de concentração nas mais diversas circunstâncias: O desaparecimento de barreiras entre os canais OE e IAM; a consolidação do segmento dos distribuidores de peças e a entrada dos fabricantes no próprio negócio pós-venda das peças. Ao mesmo tempo, a quebra de produtividade em oficinas e lojas de peças de menor dimensão tenderão a desaparecer ou a serem absorvidas nestes processos de recomposição do sector.
Construir hoje o futuro da mobilidade automóvel
A actividade dos principais agentes do sector pós-venda irá estar fortemente condicionada por todo este ambiente de mudança, pelo que terá de ter a capacidade e a agilidade de operar em constante adaptação.
Esta circunstância passa obrigatoriamente por saber interpretar os sinais e as tendências actuais e futuras que irão marcar o destino dos seus negócios.
Ciente deste contexto, a Tips4y aposta na sua oferta de soluções para apoiar estes profissionais a enfrentarem estes desafios e com isso evoluirem nas suas próprias estratégias.
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