Uso do carro particular no período Pós-Covid. benefícios para o aftermarket
Apesar do inegável impacto da pandemia na atividade da indústria automóvel já começam a ser visíveis alguns sinais de retoma, com maior expressão nos usados mas ainda assim com uma curva que já se inverte na venda de novas viaturas entre Abril e Junho, tal como ilustra o gráfico que desenvolvemos com base nos dados da ACAP, considerando o segmento dos ligeiros em Portugal.
Os indicadores de consumo da SIBS Anaytics também comprovam que as transações com cartão MB ou Crédito na atividade de veículos e acessórios estão em Junho a níveis de Janeiro e o crédito ao consumo disparou, nomeadamente o crédito para compra de carro. São portanto indicadores de um aumento gradual de confiança por parte do consumidor que inicia, mesmo que lentamente, a tão necessária retoma da atividade em todos os players do setor automóvel.
VENDAS DE VEÍCULOS LIGEIROS NOVOS | 1º SEMESTRE 2019-2020
Tal como referiu Pedro Barros, CEO da TIPS 4Y, no Webinar dedicado ao aftermarket, a retração das vendas de novas viaturas e o envelhecimento do parque automóvel não são sinais vantajosos para o setor das peças e da reparação. Na verdade espelham um reduzido poder de compra que terá também impacto na manutenção das viaturas.
Congratulemo-nos pois por estes sinais de recuperação e pela sua enorme importância ao nível económico, nomeadamente pelo seu impacto no emprego, PIB e exportações, que em Portugal representam 25%. O aumento das vendas de novas viaturas será sempre vantajoso para o aftermarket.
A atual preferência pelo carro particular é uma oportunidade para o pós-venda automóvel
Vários estudos têm identificado tendências e hábitos que comprovam a preferência do carro particular e dos veículos comerciais nos próximos tempos. O receio em utilizar os transportes públicos ou de viajar utilizando o avião ou comboio, tornaram a utilização do veículo particular o meio preferencial de mobilidade em contexto de trabalho e de lazer.
De acordo com um inquérito realizado pela McKinsey, em média 60% dos consumidores planeia realizar nas devidas datas os serviços de manutenção e reparação das suas viaturas, sem adiar os mesmos, e 25% planeia realizar serviços adiconais, sendo excelentes indicadores.
Foco no digital e serviços orientados ao cliente
Para além destas janelas de oportunidade identificadas é vital que as empresas do aftermarket potenciam as mesmas através de uma clara aposta no digital, quer em termos de processos internos mais ágeis quer na capacidade de construir uma relação mais próxima com o cliente.
A Deloitte oferece algumas sugestões para as empresas do setor automóvel que abaixo resumimos:
"Os clientes precisam de transparência e rapidez no que diz respeito aos serviços do aftermarket, e para melhorar a sua experiência há que investir em plataformas digitais", afirma Mark Schmidt, vice presidente do Aftermarket Business pela Eaton Corporation Inc.
A palavra de ordem é ser "pro-ativo" em vez de "reativo" como fator de diferenciação num mercado que será cada vez mais competitivo e onde o sucesso dependerá da capacidade de entrega de valor ao cliente, alinhando a rapidez na resolução com as expetativas do cliente.
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