Impacto da sinistralidade e tecnologia no negócio da reparação auto

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  • abril 13, 2021
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  • Como se adapta e diferencia o negócio da reparação auto?

    Como se adapta e diferencia o negócio da reparação auto?

    As regras de confinamento tiveram um impacto natural na redução da sinistralidade automóvel durante 2020 devido às restrições impostas na circulação (menos 26% em acidentes e 18% em vítimas mortais) mas a tendência global de queda neste indicador já era evidente desde 2017, de acordo os dados mais recentes do observatório ACAP sobre o pós venda automóvel.

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    Considerando que o total de sinistros constitui um indicador da entrada em oficina, é previsível que a sua evolução neste sentido venha a ter repercussões mais acentuadas no negócio da reparação e com isso representar um alerta para os profissionais do sector se adaptarem ao funcionamento do mercado.

     

    A juntar-se a esta tendência, há todo um conjunto de novas tecnologias que irão ser implementadas a partir de 2022 que visam justamente reforçar esta realidade, já que a União Europeia pretende revolucionar a segurança rodoviária com um leque de funcionalidades que ajudem os condutores a serem mais “safety-driven”.

     

    Estas tecnologias de segurança prometem mudar a mobilidade tradicional (não-autónoma ou dependente da interacção humana) para que os automóveis sejam cada vez mais seguros em circulação, através de mecanismos e sistemas de alarmística, reactivos ou responsivos, que ampliem a capacidade de resposta dos condutores numa perspectiva muito próxima do conceito “human-augmented”, permitindo-lhes ter uma visão quase 360 em termos de proximidade espacial.


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    Impacto da sinistralidade e tecnologia no negócio da reparação auto

    Tecnologia de segurança incorporada nas mais recentes viaturas:

    A travagem de emergência é estendida aos veículos ligeiros.

    Os automóveis devem integrar sistemas de monotorização da atenção, detetando sonolência e cansaço no condutor.

    Os veículos devem possuir um assistente de manutenção de faixa de rodagem e cruise control adaptativo.

    Entre os dispositivos obrigatórios passam a estar câmaras e sensores traseiros.

    Os veículos passam a ter um alcoolímetro para impedir condutores embriagados de conduzir.

    Esta evolução tecnológica, baseada sobretudo em automação, dados, interfaces, sensores e interconectividade de sistemas, está pensada para uma integração seamless, por exemplo, via Internet das Coisas (IoT) com cidades mais inteligentes no futuro, mas no imediato a aposta é determinante para eliminar ao máximo a sinistralidade.

     

    Todo este cenário traz desafios acrescidos para o sector pós venda, nomeadamente para a formação e qualificação dos profissionais, habilitando-os a lidar com estas novas tecnologias, à medida que vão sendo incorporadas nos diferentes modelos de veículos, mas fundamentalmente quando começarem a chegar com maior regularidade às oficinas independentes de reparação ou manutenção.

     

     

    O acesso ao conhecimento sobre o funcionamento da tecnologia não é apenas uma opção, assim como a necessidade de acompanhar as alterações que a influência desta tecnologia provoca nos hábitos dos condutores, já que o sector pós-venda precisa de estar atento à forma como se deve antecipar e posicionar na cadeia de valor do seu negócio. 

     

     

    A Tip4y cria o melhor conhecimento sobre a identidade automóvel, a partir do qual desenvolve soluções transversais para este sector, justamente para ajudar os seus profissionais a estimularem uma visão “augmented” em relação ao ambiente competitivo e gerirem os seus negócios nos mais diversos contextos de evolução.

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