O que mudou na gestão das pessoas? Os desafios de uma nova era.

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TIPS Talks com Jorge Cancella de Abreu

Managing Partner da TeamUp

Jorge Cancella de Abreu é o nosso convidado para uma conversa muito inspiradora que contribui para uma visão muito atual na área da gestão de pessoas, gestão de talento e cultura organizacional. Que novos desafios, tendências e ambições enfrentamos? E como as empresas se estão a preparar para esta nova era?

Este é o tema do nosso Tips Talk.

 

 

Mas antes, venha daí conhecer o Jorge Cancella de Abreu.

O nosso convidado deste Tips Talk dedicado à gestão das pessoas é Jorge Cancella de Abreu, Managing Partner da TeamUp com um percurso profissional que começou essencialmente na área comercial e acabou por convergir para a área das pessoas, onde o foco do trabalho que desenvolve e do propósito da sua empresa é essencialmente na área do desenvolvimento das pessoas, nas equipas e nas organizações. Hoje é consultor nesta área em muitas empresas, nomeadamente no setor automóvel.

 

 

  O que ambicionam as novas gerações? Que propósito que as move?

 

As novas gerações é um desafio. São gerações que se habituaram a crescer a jogar. Nós nas empresas temos que perceber isso, que elas gostam de desafios, gostam de ser elas a participar. Ver o jogo dos outros pode ter algum interesse mas o gozo é serem elas a jogar e não gostam de estar sempre no mesmo nível porque gostam de ir passando de níveis. Quando estão algum tempo no mesmo nível isso deixa de ter interesse. E é verdade! Portanto andam à procura de outros desafios.

 

 

 

  A pandemia foi catalizadora desta mudança?

 

Eu acho que simplesmente acelerou o processo, passando-se a valorizar a vida pessoal de cada um e as pessoas passaram a viver mais a parte familiar e a dar muito mais importância à família, à esfera pessoal.

 

O tema da felicidade passou verdadeiramente a estar na ordem do dia. E muito bem! Até pelas razões económicas. Está estudado que uma pessoa feliz produz o triplo. E portanto há quem diga "eu prefiro uma pessoa feliz do que ter três infelizes". Para já produz muito mais do que as outras e gera muito melhor ambiente, portanto essa preocupação das empresas de como é que tu te sentes, como é que tu estás, qual é o equilíbrio que as pessoas têm, é fundamental.

 

 

  O que as empresas devem implementar como boas práticas?

 

De referir que a nova geração precisa de mais feedback. E portanto deve-se falar com regularidade, perceber a pessoa como pessoa. Outro aspeto muito importante é a avaliação de desempenho, que não é um julgamento do passado, é uma base de desenvolvimento do futuro.  Eu no passado já não posso mexer. A avaliação não é um julgamento. É uma oportunidade para a pessoa se desenvolver. É um ponto de partida para o futuro. 

 

Eu acho que nós temos que ter estes dois vetores. Pessoas que desenvolvem a empresa porque a empresa desenvolve as pessoas. É uma relação bilateral. E há uma mudança que eu considero também bastante interessante, o Empower Branding, como se fala hoje em dia. Eu tenho que "vender a minha empresa" para atrair talento e desenvolver esse talento. E fala-se muito em salário emocional, que é tudo o que não é dinheiro, mas contribuiu para a felicidade e para o desenvolvimento da pessoa: os horários flexíveis, o ambiente ou a cultura. E cultura acho que ainda não está muitas vezes a ser bem trabalhada na maior parte das empresas. Eu tenho de semear aquilo que vou colher.

 

 

  Um conselho prático para as empresas em 2023

 

Eu estava a ssistir ao World Economic Forum sobre Skills onde diziam que "Life Long Learning" é muito mais importante do que aquilo que você aprendeu na faculdade. Ou nós nos atualizamos e atualizamos os nossos colaboradores e desenvolvemos, e eles sentem desafios, sentem que estão atualizados ou amanhã estamos completamente fora, porque a evolução tecnológica, a evolução das novas gerações, a evolução de formas de pensar, o agile, o design thinking, são tudo coisas novíssimas que quando estive na faculdade não aprendi nada disso.

 

 

 

  Que tendências estão a surgir com impacto nas organizações?

 

O "quiet quitting". As pessoas dizerem assim, eu sou pago para trabalhar até às 6 da tarde e portanto a partir das 6 da tarde vou-me embora. Pessoas que não estão dispostas a trabalhar ao fim de semana, não estão dispostas a abdicar da sua vida pessoal. 

 

As pessoas ganharam muito força neste momento com a  pandemia no sentido que querem ter na sua vida e a empresa ou contribui para o sentido da vida ou então mudam, vão para o outro lado. E daí a importância de termos uma cultura que verdadeiramente motive as pessoas.

 

É importantíssimo ter as pessoas motivadas, ter as pessoas a sentirem-se desafiadas, a participarem nas suas decisões e a serem ouvidas nas suas decisões. É ter um sentido de pertença que eu estou a sentir que, com o teletrabalho se está a perder.

O híbrido vai ser de certeza o futuro.

 

 

LINK PARA ACEDER À VERSÃO COMPLETA DO TIPS TALK

 

Tips Talks . 21 dez. 2022

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